CULTURA É AQUILO QUE TE TRANSFORMA
Para os nascidos no signo de Escorpião como eu, ou não, segue esse texto maravilhoso do Sílvio Rodrigo para que vocês aprendam conosco algumas lições para toda a vida. Afinal de contas: Cultura é aquilo que te transforma
Aprofunde suas Idéias
Encerre um ciclo. Termine um assunto.
Esgote um problema e ...vire a página.
Nasça de novo.
Abra mão. Deixe ir. Saiba partir.
Mate o que for preciso e refaça algo melhor.
Transforme e ... nada se perde.
Remodele o barro.
Mate o que for preciso e refaça algo melhor.
Transforme e ... nada se perde.
Remodele o barro.
Saiba perder. Aprenda perdendo.
Prefira perder a manter o que o impede de VIVER.
Basta se ter para perder.
Afrouxe.
Prefira perder a manter o que o impede de VIVER.
Basta se ter para perder.
Afrouxe.
Desapegue-se. Não contemporize.
Não pare no meio. Vá fundo. Vá até o fim.
Não aceite meias medidas.
Agora é tudo ou nada. Leve tudo às últimas conseqüências.
Seja passional, dramático, ardente, sexual.
Tenha sentimentos
Não pare no meio. Vá fundo. Vá até o fim.
Não aceite meias medidas.
Agora é tudo ou nada. Leve tudo às últimas conseqüências.
Seja passional, dramático, ardente, sexual.
Tenha sentimentos
intensos!
Reações descabidas!
Desperte em você o cantor de tango!
Comece uma terapia.
Comece uma terapia.
Refaça-se. Regenere-se. Reencontre-se.
Desça aos infernos.
Desça aos infernos.
Elimine o veneno e...
renasça.
É tempo de
ESCORPIÃO. Rodrigues, Sílvio.
A postagem de hoje está voltada para descoberta de textos, filmes e talentos maravilhosos que não são contemplados pelo grande público, pela massa. Como no caso acima já ilustrado, então vamos lá:
NARRADORES DE JAVÉ:
A Influência Valiosa da Escrita
Narradores de Javé é um filme dirigido por Eliane Caffé, do gênero drama, distribuído pela Lumiére. Seu elenco é composto por: José Dumont, Nelson Xavier, Dirce Migliaccio, Matheus Nachtergaele, Rui Resende, Nelson Dantas, Mário César Camargo e Gero Camilo. Sua estreia foi em 23 de janeiro de 2004.
A diretora retrata a vida dos moradores de uma cidadela situada no Vale do Javé, este ameaçado de inundação, devido a construção da barragem de uma gigantesca hidrelétrica. Diante do fim iminente, a comunidade se reúne e decide documentar fatos e histórias, em um dossiê afim de manter viva as tradições locais, mostrando seu valor histórico, impedindo assim a destruição do vilarejo, pelo menos era esta a esperança de todos.
Pelo fato de todos no lugar não possuírem conhecimento suficiente, eles procuraram o auxílio de Antônio Biá, para escrever os relatos da comunidade; sujeito este que certa vez expôs ao ridículo a honra de quase todos os moradores, porém, mesmo a contragosto, era o mais classificado para tal.
Filmado em Gambeleira da Lapa, a obra apresenta-nos forte apelo ao regionalismo, à vida, às dificuldades e aos problemas da região nordeste, que por muito tempo permaneceu esquecida pelos detentores do poder no país, sendo esta representada pela cidade descrita no longa metragem.
O principal enfoque da diretora é a importãncia da escrita como agente social e cultural, em um lugar escasso de educação. Ela demostra através de uma abordagem cômica, uma crítica ao governo que não consegue conciliar o desenvolvimento com o respeito ao próximo e a valorização da cultura popular.
Diante das pluralidades orais e as singularidades ideológicas do local, o longa é indicado para pessoas que se envolvam em questões sociais e as discentes dos cursos de Letras, pedagogia e História, por causa da atenção e estudo das etnias e classes excluídas. Resenha feita por Jacilene Dias e Calisto dos Santos, acadêmicos do curso de Letras do Centro Universitário Jorge Amado.
CONTO CHINÊS E INTOCÁVEIS
É que Narciso acha feio o que não é espelho
Um conto Chinês - Trailer
observa-se que o diálogo com o outro se torna
indispensável em um mundo no qual a comunicação, devido às diferenças, sejam
elas culturais ou de qualquer outra natureza, torna-se o imperativo de força
maior.
Vítimas de
uma vida cruel, os protagonistas Roberto e Philippe dos filmes Conto Chinês e
Intocáveis, respectivamente, desenvolvem uma relação umbilical consigo mesmo,
ou seja, a individualização e a subjetividade tornam-se fortes características
dos personagens como uma forma de desligar-se do mundo, uma estratégia do
indivíduo de livrar-se dos fatores que os levariam a uma possível frustração. Cada
personagem desenvolverá, assim, uma personalidade fria e distante até que o
contato com o outro os retire das
suas zonas de conforto, partindo da reflexão para a ação. Restaurando o
equilíbrio entre a racionalidade e o sentimento. Sendo esta virada cultural
representada pelos pares: o argentino Roberto e o chinês Shun; e os franceses Philippe
e Driss.
Em alguns momentos de Conto Chinês, nos é apresentado um estranho hobby da personagem Roberto que consiste na coletânea de recortes de notícias de acontecimentos bizarros registrados em jornais do mundo inteiro em que ele, no conforto de seu lar, debocha da tragédia de outras pessoas devido às circunstâncias mais improváveis de suas mortes. Como de fato nos é apresentado no inicio do filme que na China uma vaca cai do céu e mata uma jovem moça que estava em passeio de barco na lagoa com seu futuro noivo quando este estava prestes a pedir-lhe a mão. O que Roberto não sabia, é que Shun, o estranho oriental encontrado por ele na rua, após ser expulso de um táxi, é na verdade o noivo da história que ele taxava como ridícula, pois era inconformado com o fato de ser órfão de mãe desde o seu nascimento e de pai quando completara dezenove anos devido à guerra. Dessa passagem, o que se revela é uma persona maior que o desconcerto do mundo. Ele julga os outros pela lente de sua própria dor.
O fato era que Roberto sobrepujava os trágicos acontecimentos de sua vida sobre o meio em que vivia. Justificando dessa forma o forte apego a figura da mãe, representada pela coleção de bichos de vidro que colecionava em sua estante, assim como, os diversos momentos em que esnobava a repentina paixão de uma amiga para dar vazão ao pensamento, que por sua vez dificultava a ação; novamente há uma supervalorização do homem sobre o meio.
Enquanto que no filme os Intocáveis, Philippe e Driss por falarem a mesma língua às barreiras transladam-se de realidade linguística, Conto Chinês, a uma realidade social. Órfão, pobre, negro e criado pela tia na companhia de seus filhos no subúrbio da França Driss apesar dessas dificuldades usa uma máscara diferente da usada por Roberto, ele se traveste de um “jovem vida louca” para não deixar-se abater pelos problemas que os cerca.
Contudo estes dois personagens se entrelaçam e o
jovem Driss passa a cuidar do aristocrata Philippe com métodos nada ortodoxos
devido à indiferença que tratava o pobre doente, o que resulta no filme, várias
cenas cômicas. Mas no decorrer do mesmo, há um momento especial em que o velho
milionário percebe que nem tudo gira ao seu redor e que é chegado a hora de
deixá-lo partir para que Driss cuide de seus próprios problemas.Com efeito,
devido ao tempo que passaram juntos ambos desenvolveram empatia um com o outro
fazendo com que Driss reconhecesse a importância de suas ações na vida de
outros, passando a agir de forma mais madura e responsável com Philippe, sua
tia, os outros empregados da casa e consigo mesmo.
Apesar do contexto conciliador dos dois filmes, em
Intocáveis há uma passagem desconfortante em que Driss ao saber da preferência
sexual da assessora que ele tentava a todo custo conquistá-la sem efeito, a
chama de “parceira” passando a tratá-la como um homem, desrespeitando a sua
identidade enquanto mulher que por não se enquadrar no modelo heteronormativo
da dicotomia sexual operante na sociedade, a reduz a “parceiro”, a um homem.
Em meio à enxurrada megalomaníaca de produções
cinematográficas hollywoodianas fica a mensagem do filme de que a pesar das
barreiras sejam elas culturais, sociais e linguísticas, cultura é aquilo que te
transforma.
Literatura e Política:
O perigo da História Única
Nascida na cidade de Abba na Nigéria em
15 de setembro de 1977, Filha de secretária e de professor universitário, ambos
profissionais da Universidade da Nigéria, Chimamanda Ngozi Adichie entrou na
lista dos 20 escritores mais influentes do mundo com menos de 40 anos com o segundo
romance, Meio Sol Amarelo. Ela tem apenas 32 anos! - JÁ FALAMOS DELA AQUI NO BLOG!!
MÚSICA - GHESAS D'EROS
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