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CULTURA É AQUILO QUE TE TRANSFORMA

Para os nascidos no signo de Escorpião como eu, ou não, segue esse texto maravilhoso do Sílvio Rodrigo para que vocês aprendam conosco alg...

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Brasil: Singular e Plural


AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esquecia língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
É com esse poema do célebre poeta Carlos Drummond de Andrade que hoje começo uma discussão que reflete sobre uma realidade reflexo de estigmas sociais e políticos muitas vezes motivados por puro Preconceito Linguístico!
Em meio aos modelos da pedagogia atual, dos educadores e dos comandos paragramaticais, resolvi propor uma reflexão crítica às abordagens e métodos pedagógicos utilizados em sala de aula no ensino da língua materna, que muitas vezes menospreza e inibe a atuação linguística real do falante em seu livre exercício de oralidade, por rotulá-la como errada, tosca e caipira, dentre outros adjetivos pejorativos.

Antes uma livre expressão do pensamento marcada por escolhas ocasionais de uso pessoal, a fala é o reflexo do processo de seleção e hierarquização social. E devido ao surpreendente avanço tecnológico e científico, só se pode conceber o aluno dominante e/ou mais próximo do seu contexto identitário, o que resulta num processo de aprendizagem real e compreensão do seu próprio tempo, a fim de valorizar a pluralidade verbal do patrimônio sociocultural do Brasil.


Mesmo com o avanço que ocorreu na qualidade dos livros didáticos, depois do surgimento da PNLD e LD, existe ainda um grande equívoco por parte dos autores que os produzem, pois, abordam de forma preconceituosa a variação linguística.

Nesses livros encontramos a apresentação da variação regional como uma característica exclusiva dos falantes rurais, analfabetos e pobres. Com essa postura, eles colocam no âmbito de estigma e variedade linguística, esquecendo-se das variedades urbanas, pelo prestígio que é dado ao falante deste meio, visto também como o mais letrado, devido a hegemonia política e econômica do meio urbano em relação ao rural e que merece uma reflexão no conteúdo gramatical, o qual é tratado com absoluto descaso e ignorância de complexidade.

A heterogeneidade linguística ocorre em qualquer classe social ou étnica da sociedade, contendo vasta explicação para a ocorrências desses fenômenos. A fim de entender um pouco mais sobre a língua portuguesa como nossa língua materna, ou seja, identificar as principais características sociolinguísticas da sociedade brasileira, suas implicações para a educação e para ajudar nossos alunos a melhorar seu desempenho comunicativo, é importante trabalhar em sala de aula textos que apresentem variações linguísticas, demonstrando por meio de exemplos e interpretações as peculiaridades da nossa língua.

Os textos que apresentam variação são recheados de palavras que não são do nosso repertório linguístico, como também palavras que já conhecemos em nosso arcabouço variado de palavras. Carmo Bernardes foi um grande escritor regionalista, nascido em Patos de Minas, no ano de 1915 e já falecido. Seu nome geralmente é associado ao movimento literário regionalista goiano. Sua produção reflete com fidelidade e clareza a riqueza da cultura rural da região onde nasceu e viveu.

Ao ler determinadas produções, podem-se encontrar palavras desconhecidas como típicas da cultura rural das regiões. Outras além de pertencerem ao léxico regional também podem apresentar-se arcaicas, já não são usados com certa frequência, tendo sido preservadas nas culturas de grupos sociais mais isolados, como é o caso das comunidades rurais. Encontramos também, expressões que são mais comuns na língua oral do que na língua escrita, ou ainda palavras que caracterizam diferentes grupos sociais, como faixa etária, sexo/gênero, grupos profissionais, entre outros.


Ao trabalharmos com esses textos, reconhecemos de imediato nossas diferenças, aspectos bem visíveis, e aprendemos a interagir com outras culturas, sabendo respeitá-las, porque todos nós brasileiros, temos nossas particularidades, que adjetiva nosso país em belo por sua riqueza cultural.


As diversidades linguísticas constituem uma concepção formada dentro do seio materno e paterno e que ao longo do tempo são estendidas para os demais familiares, que exercem papeis sociais fundamentais como: mãe, pai, filho, avô, avó, tio, etc. O domínio social é o espaço físico onde as pessoas interagem assumindo certos papeis sócias, que são construídos no próprio processo da interação humanam pois foram um conjunto de obrigações e de direitos definidos por normas socioculturais. Com efeito, quando usamos a linguagem para nos comunicarmos, também estamos construindo e reforçando os papeis sociais próprios de cada domínio.



 Essa diversidade linguística é extremamente importante para a distinção do papel de cada indivíduo dentro de uma sociedade; dessa forma surge a hierarquia em que todos os seres humanos aprendem ao serem inseridos dentro de uma sociedade.

Resumindo a história:






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