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CULTURA É AQUILO QUE TE TRANSFORMA

Para os nascidos no signo de Escorpião como eu, ou não, segue esse texto maravilhoso do Sílvio Rodrigo para que vocês aprendam conosco alg...

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A beira da glória ou do precipício? O fim não importa, mas o importante são as escolhas ou as “não escolhas” que fizemos para alcançar os nossos objetivos. O fim do ciclo já está prestes a se encerrar e já sentimos na pele que o fim deste é apenas o começo de muitos outros ciclos, pois ainda estamos na alvorada; começamos a trilhar os nossos caminhos a partir de agora, só temos o instante que por isso é chamado de presente.

Vou sentir muitas saudades de cada um dos meus colegas, afinal de contas eu literalmente cresci com vocês e ficarão para sempre os pedacinhos de cada um na minha personalidade, no meu jeito, nas minhas escolhas, nos meus opostos tudo graças a vocês!  

{RE}CONSTRUINDO O SABER:

17 de abril de 2013

Nessa data a primeira etapa para a realização do estágio iniciou-se quando o projeto da oficina de língua inglesa moderna para os alunos da instituição concedente foi autorgado pela regente diretora Carluce Messias Neves que juntamente a Patrícia Alves e a professora de língua inglesa Cristiane Lima da silva, a mesma docente do semestre passado quando foi realizado o estágio de observação que resultou na viabilidade da inserção da oficina nessa escola.

O primeiro desafio deste dia foi de explicar cada passo da oficina, por tanto, foi entregue uma via do projeto aos professores responsáveis para que juntos lêssemos passo a passo da proposta didática a ser incrementada e se eles estavam de acordo ou não com a execução da mesma na instituição.

Após algumas horas de discussão foi decidido que o projeto somente poderia ser aplicado nas tardes de sexta-feira, pois o colégio faz parte do projeto mais educação do governo e todas as salas estariam ocupadas com exceção das sextas-feiras, uma vez que não há projeto neste dia. Portanto, ficaram definidos em primeiro momento o dia e o horário das aulas que começariam às 15h:00min logo na semana seguinte, no caso, dia 24 de abril de 2013.

Após a definição do dia e do horário, o passo seguinte foi definir quais turmas participariam do projeto, quantos alunos fariam, e como se realizaria a seleção dos mesmos. Sobre as turmas foi decidido que participariam apenas uma turma das séries fundamentais e como, segundo a professora, ainda que o projeto visasse à expansão de vocabulários, havia assuntos que nas séries iniciais não seriam cabíveis, por tanto, foi decidido que a sétima série A participaria do projeto.

Contudo, nem todos poderiam participar. Por tanto, foi autorizado que a participação dos alunos seria facultativa – isso foi uma exigência minha – pois, ao contrário, faria do projeto uma obrigação, caso que não se aplica. O limite de participantes da oficina foi de vinte alunos, uma vez que por ser uma alternativa de aprendizagem uma quantidade alta de participantes poderia prejudicar o rendimento do projeto.

Após conversado todos os trâmites relacionados à oficina, a diretora mandou que imprimissem um termo de autorização a ser assinado pelos pais ou responsáveis para que permitissem a ida dos filhos à instituição no turno oposto ao das aulas.  Dito isso, a coordenadora recolheu minha documentação do estágio que a mesma fosse assinada.

26 de abril de 2013

A primeira aula do projeto não pode iniciar no dia acordado devido a greve dos rodoviários na capital baiana os quais reivindicavam aumento salarial e redução da carga horária de trabalho, por tanto não ocorreu aula nos dias 23, 24 e 25 de abril devido a paralisação, em decorrência disso não houve como a diretora enviar o comunicado da oficina aos pais para que autorizassem a ida dos filhos à escola em turno oposto ao da aula. Assim sendo, contrariando as minhas expectativas, a oficina não pôde ocorrer por decorrência dos dias sem aulas. Por tanto, o inicio foi remarcado para o dia 04 de maio de 2013.

04 de maio de 2013,

Com o início remarcado para essa sexta-feira, a primeira aula mais uma vez teve que ser remarcada para a semana seguinte, pois com o forte temporal, que ocorrera em Salvador nesses últimos dias, o telhado da escola cedeu e por conta disso não estava ocorrendo aulas durante quase a semana toda, por tanto o início das aulas foram remarcadas para a semana seguinte.

10 de maio de 2013,

Durante essa sexta-feira a aula mais uma vez não pode ocorrer devido a disputa por domínio na área entre duas gangues uma do próprio bairro (Parque São Cristóvão) e a outra de uma região afastada que fica em um morro situado na segunda parte da fazenda Cassange.

Devido à falta de uma melhor estrutura na segurança pública de Salvador, os alunos foram liberados às 11h: 30min e os alunos da tarde (ensino médio) não tiveram aula devido ao alto grau de periculosidade na rua. Com efeito, os alunos não compareceram à oficina em decorrência desse trágico acontecimento.

17 de maio de 2013,

O primeiro dia de aplicação do projeto discorreu-se sem maiores transtornos. Iniciado às 15h:30min do dia 17 de maio de 2013 estando presente, dos vinte alunos planejados, (escolhidos pela professora regente da instituição concedente ao lado da professora e coordenadora Patrícia Alves) apenas 07, pois a presença dos mesmos era facultativa. Dos 07 alunos presentes 05 garotas e 02 garotos todos da sétima série A do turno matutino.

A aula transcorreu na biblioteca da escola, um lugar amplo e muito bem organizado, mas de improviso, pois a sala reservada para as aulas estava sendo ocupada para reunião de pais e mestres com o coordenador do período vespertino. Estando na biblioteca, a diretora muito gentilmente cedeu uma folha de papel metro e fita adesiva para que o mesmo fosse utilizado como suporte didático uma vez que não havia lousa no ambiente.

Os alunos de imediato foram organizados em um sistema de duplas, pois a proposta do projeto foi o uso do jogo como mola propulsora do processo de ensino/aprendizagem, uma reformulação das práticas normativas que subvertem o aluno a uma massa homogênea, com efeito, por ser a oficina uma propunha-se inovadora ao aluno a fim de estimulá-los por meio de atividades.

Nesta aula o assunto foi a aquisição de vocabulários pertinentes a partes da família por meio da construção de árvores genealógicas feitas por eles em papeis metro já reservados. Como ocorreu do número de participantes da oficina ser ímpar, o aluno para não ficar sozinho fez a atividade junto comigo.

A atividade iniciou comigo fazendo no papel metro a árvore da família do aluno que ficou sozinho, mas realizou as atividades como meu assistente. A atividade foi feita em papel metro para que todos visualizassem a estrutura da mesma.

Depois de explicada a atividade, todos se sentaram em duplas sendo que o aluno A faria a árvore do aluno B e vice-versa. Após a produção das árvores, os alunos fariam 05 afirmações acerca dos componentes de cada família, depois traduzi-las para o inglês para então praticá-las oralmente, lembrando que foi colocado em quadro um modelo de estrutura da frase em inglês que eles fariam de acordo com as de português.

Cada palavra (pai, mãe, filho, tio, tia e etc.) foi dada tanto em português como em inglês. Como essa atividade requeria a ajuda de dicionários e a instituição ainda não havia reservado, fui obrigado a escrever no quadro, os afixos como grand, in-law, step e outros para que eles por conta própria fossem construindo a significado, por exemplo, da palavra stepmother (madrasta).

Cada dupla sentara em mesas separadas para criar o clima de competição, o tempo para execução de toda a tarefa foi de 60 minutos que seriam subtraídos pelo tempo que cada dupla revara para executar a atividade. Lembrando que para a avaliação final, a pontuação geral da dupla era somada pelo tempo gasto de execução das tarefas pelos componentes.

Na primeira aula os resultados foram:

 1º dupla: 78 pontos. Componente A: 38 pontos/ 22 minutos. Componente B: 40 pontos/20 min.

2º dupla: 75 pontos. Componente A: 40 pontos/20 minutos. Componente B: 35 pontos/25min.

3º dupla: 25 pontos. Componente A: 10 pontos/50 minutos. Componente B: 15 pontos/45 min.

 O ponto de cada componente foi definido pela seguinte configuração:
 
Tempo para produção: 60 min.

Tempo gasto pelo componente da dupla: X.

Pontuação de cada componente: 60 – X.

Pontuação da dupla: X + X

Algo interessante a ser observado foi que apesar de ser uma aula de língua inglesa para o aprimoramento do vocabulário relacionado aos componentes da família, o conhecimento prévio do aluno contribuiu bastante para a execução da atividade, pois foi evidente que o aluno que já sabia o que era uma árvore genealógica já desenvolveu em menos tempo a mesma atividade que os outros de uma maneira mais desenvolta, pois já sabia como organizar as informações, mesmo com a explicação em lousa à última dupla, por exemplo, não sabia o que era e ficava confusa na hora de escrever o grau de parentesco de cada  família se perdia o tempo inteiro e na tradução era interessante pensar nos erros gramaticais recorrentes que cometiam inibindo-os no momento da tradução.

 

24/05/2013

Nesse dia a aula foi muito dinâmica, pois a atividade requeria uma participação maior do alunado, o vocabulário a ser trabalhado foi adjetivos relacionados às características do corpo a fim de descrevê-los, para tanto, fez-se uso de um jogo de cartas personalizadas, nas quais haveria colada uma foto em um total de 36 cartas triplicadas em formato passaporte (7X5).  Divididos em dois grupos, o representante de cada lado escolheria uma foto e o grupo adversário, por eliminatória, teria que adivinhar a escolhida pelos adversários.

Os alunos estavam bastante entusiasmados, pois quanto mais acertassem em menos tempos mais pontos eles ganhavam, mais próximos eles ficavam da vitória, contudo, para não perdermos o foco do jogo como facilitador da aprendizagem foi reservado por Diana e eu um dicionário por aluno – total de cinco materiais, pois uma aluna foi ao médico e a outra desistiu da oficina – para que depois de escolhida a foto, cada componente olharia no dicionário o nome das partes do corpo em inglês, ou seja, eles sozinhos construíram o seu vocabulário.

A principal dificuldade observada por mim foi em relação à língua portuguesa, pois como eles não sabiam as partes do corpo em inglês teria que procurar em português para achar o correspondente em língua inglesa até formar um número de palavras suficientes para a descrição de seus respectivos personagens. Como por exemplo, a personagem de uma das cartas usava chapéu e a aluna me chama dizendo que não conseguia encontrar a tradução da palavra em inglês, achando muito estranho, pois é vocabulário básico, peguei para olhar e na verdade a aluna que não sabia escrever chapéu – ela procurava a palavra na sessão da letra X, ou seja, “xapéu”.

Mas em geral observa-se que em relação à aula passada, além de estarem mais enérgicos, pois queriam ganhar mais pontos, estavam também mais interessados e sem esquecer o conteúdo da aula passada que volta e meia eles perguntavam sobre os componentes da família, pois diziam que não queriam esquecer. A pontuação do dia ficou assim definida:

1º dupla: 90 pontos. Componente A: 50 pontos/ 10 minutos. Componente B: 50 pontos/10 min.

3º dupla: 50 pontos. Componente A: 20 pontos/40 minutos. Componente B: 20 pontos/40 min.

 

07/06/2013

Nesse dia os alunos chegaram antes do horário combinado, ansiosos para receberem a pontuação final e saber quais presentes ganhariam por participarem da oficina e os três primeiro colocados ainda mais eufóricos. Mas a fim de provar a eficácia da oficina foi preparada uma atividade avaliativa com assuntos trabalhados em sala e os resultados foram satisfatórios, pois ficou evidente a aprendizagem deles pela preocupação com a pronúncia, com a escrita e por não esquecerem, em nenhuma aula, o assunto da anterior, o que foi bastante motivador.

A pontuação dos alunos ficou definida pela soma das duas últimas aulas com o número de acertos da atividade avaliativa, que como era de se esperar eles demoraram em torno de 45 minutos a média para responder devido a procura das palavras em dicionários, que foi levado por nossa conta própria, pois o da instituição não dispunha de muitas palavras atualizadas, algumas de formas muito antigas. Apesar da excelente conservação do material.

A sala de aula, com exceção do primeiro dia, foi a denominada CDC onde havia reunião de pais e mestres quando necessárias. A configuração dos pontos obedeceu a seguinte ordem:


Pontuação das duplas no primeiro dia;

Pontuação das duplas no segundo dia;

Pontuação do componente A no primeiro dia;

Pontuação do componente B no primeiro dia;

Pontuação do componente A segundo dia;

Pontuação do componente B no segundo dia;

 
Como resultado final de pontuação das duplas:

1ª dupla: 168 pontos.

2º dupla: 75 pontos*.

3ª dupla: 75 pontos.

 
Como resultado final da pontuação individual ou entre componentes:



1º lugar: componente B da primeira dupla com 90 pontos.

2º lugar: componente A da primeira dupla com 88 pontos.

3º lugar: componente A da segunda dupla com 40 pontos.

 
Apesar dos ótimos resultados, algo frustrante ocorreu que foi a não entrega do brinde aos alunos participantes da oficina, por tanto, para evitar maiores constrangimentos, combinamos de entregá-los na quarta-feira, dia da aula de inglês da sétima série A no encerramento das aulas para confraternizarmos com o fim da oficina.

Todos os dados referentes a oficina como duração, plano de aula, metodologia, apresentação via teórica e técnica para a execução da mesma, consta-se  em anexo, assim como a atividade avaliativa utilizada nessa aula com o nome dos participantes em ordem alfabética e TCE assinado pela instituição e lista de frequência do estagiário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A inserção de novas tecnologias emerge novos comportamentos culturais. Com feito,a prima do aluno como objeto, automatizado em meio as novas tecnologias da informação e comunicação com o universo cultural escolar já não é mais cabível, tornando necessário uma reformulação, alternativa as práticas de ensino, sobretudo as de língua Inglesa que por não termos um referencial próximo no cotidiano torna-se ainda mais complexo a apropriação do conhecimento pelo aluno.

Contudo, ainda há resquícios de uma longa tradição secular nas práticas de ensino, o retrato das aulas de língua inglesa desde o estágio anterior foi bastante convergente, no sentido que os eixos de ensino/aprendizagem são trabalhados de maneira integrada como se um dependesse do outro e fosse construindo um sistema cíclico onde as relações são intercambiáveis, ou seja, não deve haver a valorização de um eixo sobre o outro para que a educação seja realmente plena.

Nesse estágio procurou-se, por meio da oficina, que embasada nos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos cânones da educação, uma práxis educativa que analisasse os recursos expressivos da linguagem, relacionando os textos a um contexto maior para que o desenvolvimento das competências em Língua Inglesa integrasse tanto o aluno quanto o professor como coautores do processo de ensino e aprendizagem.

O estágio em docência em língua inglesa II foi bastante instigante devido ao princípio de realidade e a quebra de expectativa que o mesmo trouxe por mostrar uma pequena amostra da quão sofrível pode ser a vida de um profissional que dedica a vida inteira à educação e não é amplamente reconhecido, que por mais planejada que sejam as aulas sempre haverá imprevistos e situações que fogem totalmente da situação ensino/aprendizagem, como, por exemplo, o fator social e econômico que propulsiona a existências de desigualdades e a consequente violência urbana como observamos bem de perto nesse estágio.

Contudo permitiu também observar que a nossa formação acadêmica influência diretamente na prática de ensino e concepção de linguagem e que esta tem um reflexo direto na em empatia do aluno conosco e /ou com a disciplina; a de respeitar a singularidade da turma e a importância de um plano de aula redimensionado à realidade do alunado, pois independente de ter sido uma oficina, há essa necessidade de alternativas na educação. Que nem tudo se resume somente ao livro e a escola, pois são apenas mecanismos integrantes do processo formal de ensino/aprendizagem, há aprendizagem fora das paredes normativistas das escolas.

Em alguns momentos penso que se não fosse uma oficina, que em sua proposta já é uma alternativa de aprendizagem, esse projeto não teria viabilidade devido ao enorme contingente, a superlotação, das salas de aula além da heterogeneidade cultural de um às vezes saber mais do que outro e o professor tentar de alguma maneira nivelar essas discrepâncias que em um número muito grande de alunos é quase impossível. Ainda que o importante seja perseverar, é preciso estar em uma eterna metamorfose para que o talento de um bom profissional não se perca a métodos mecanicistas e depreensão gramatical.



* A segunda dupla não existe, pois uma das componentes desistiu da oficina, enquanto que a segunda componente foi ao dentista semana na aula anterior. Contudo, a aluna que havia ido ao dentista voltou para a oficina e com os pontos conquistados na primeira aula sua pontuação ficou dessa forma definida.
 

Vejam agora os alunos participantes da Oficina de Língua Inglesa que foi muito produtiva, sai muito contente:

















NOSSA HISTÓRIA NÃO TERMINA AQUI, TO BE CONTINUED...

Um comentário:

  1. Calisto, o que dizer de seu Porfólio??? Simplesmente muito bom, bem estruturado, organizado.Você se utilizou, muitas vezes, de linguagem poética, que bonito resultado! Não por acaso, já é um autor!Gosto de ver essa dedicação toda em uma pessoa tão jovem como vc, comprometimento e seriedade no que faz, é esse o caminho da educação, Calisto, árduo, como disse algumas vezes, mas muito promissor pra pessoas como vc: dedicado, responsável e sério. Ingredientes infalíveis para que o processo ensino-aprendizagem seja, de fato, bem sucedido! Parabéns pelo Portfólio, pelas aulas, pelos planos, pelo envolvimento ( visível em relatos e fotos aqui postadas). Seu futuro já é promissor!
    Go ahead!
    Pois,"Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre." (Paulo Freire)

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