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CULTURA É AQUILO QUE TE TRANSFORMA

Para os nascidos no signo de Escorpião como eu, ou não, segue esse texto maravilhoso do Sílvio Rodrigo para que vocês aprendam conosco alg...

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Vamos pensar um pouco?



Olá, tudo bem? Infelizmente não consegui estar muito presente na vida de vocês esta semana, mas agora que estamos vamos discutir por meio das ideias presentes nos textos a seguir, um projeto de lei que prevê sanções contra o emprego abusivo de estrangeirismos. Segue assim: o “Movimento Nacional de Defesa da Língua Portuguesa”.

Texto1

Um país como a Alemanha, menos vulnerável à influência da colonização da língua inglesa, discute hoje uma reforma ortográfica para “germanizar” expressões estrangeiras, o que já é regra na França. O risco de se cair no nacionalismo tosco e na xenofobia é evidente.

Não é preciso, porém, agir como Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto, que queria transformar o tupi em língua oficial do Brasil para recuperar o instinto de nacionalidade. No Brasil de hoje já seria um avanço se as pessoas passassem a usar, entre outros exemplos, a palavra entrega em vez de delivery.                                                    

Folha de S. Paulo, 20 out. 1998

Texto 2

Na realidade, o problema do empréstimo linguístico não se resolve com atitudes reacionárias, como estabelecer barreiras ou cordões de isolamento à entrada de palavras e expressões de outros idiomas. Resolve-se com o dinamismo cultural, com o gênio inventivo do povo. Povo que não forja cultura dispensa-se de criar palavras com energia irradiadora e tem de conformar-se, queiram ou não queiram os seus gramáticos, à condição de mero usuário de criações alheias.

Celso Cunha, 1968

Texto 3

A história nos ensina que uma das formas de dominação de um povo sobre  outro se dá pela imposição da língua.

Estamos a assistir a uma verdadeira descaracterização da Língua Portuguesa, tal a invasão indiscriminada e desnecessária de estrangeirismos – como ‘holding’, ‘recall’, ‘franchise’, ‘coffee-break’, ‘self-service’ – (...). E isso vem ocorrendo com voracidade e rapidez tão espantosas que não é exagero supor que estamos na iminência de comprometer, quem sabe até truncar, a comunicação oral e escrita com o nosso homem simples do campo, não afeito às palavras e expressões importadas, em geral do inglês norte-americano, que dominam o nosso cotidiano.

Como explicar esse fenômeno indesejável, ameaçador de um dos elementos mais vitais do nosso patrimônio cultural – a língua materna-, que vem ocorrendo com intensidade crescente ao longo dos últimos 10 ou 20 anos?

Aprece-me que é chegado o momento de romper com tamanha complacência cultural, e assim, conscientizar a nação de que é preciso agir em prol da língua pátria, mas sem xenofobismo ou intolerância de nenhuma espécie.

Dep. Fed. Aldo Rebelo, 1999.

 

Texto 4

O ser humano já não exibe o mesmo talento na arte de apelidar os objetos e fenômenos à sua volta. A capacidade de dar às coisas revela-se em crise.

A mais apavorante das doenças surgidas nos últimos anos deu-se o nome de AIDS, uma mera sigla. AIDS, além o cientificismo, com sua referência à imunodeficiência adquirida. No caso brasileiro, há a agravante de incuráveis americanófilos, termos adotado a sigla em inglês. Ao contrário, franceses e espanhóis conformaram-se à imunodeficiência adquirida e obtiveram resultados muito mais afeitos à índole latina – Sida. Também os portugueses falam Sida e não AIDS.

Veja. Rio de Janeiro:Abril, p.126,03 mar. 1999.

Texto 5

João da Silva teve um dia estressante. Enfrentou um rush danado e chegou atrasado ao meeting com os Sales manager da empresa onde trabalha. Antes do workshop com o expert em top marketing foi servido um brunch, mas a comida era muito light para a sua fome. À tarde plugou-se na rede e conseguiu dar um download em alguns softwares que precisava para preparar seu paper do dia seguinte. Deletou uns tantos arquivos, pegou sua pick-up e seguiu para o point onde estava marcada uma happy-hour. Mais tarde no flat, ligou para o delivery e traçou um milkshake e um hambúrguer, enquanto assistia ao Non stop na MTV.

À noite, pôs sua camisa mais fashion, comprada num sale do shopping e foi assistir ao Shine no cinema. Voltou para o apart-hotel a tempo de ver um pedaço de seu talk-show preferido na TV.

Veja, Rio de Janeiro: Abril, p. 124, 09 de abr.1997.

Observa-se na história das línguas uma estreita ligação entre o uso do idioma e as relações de poder na sociedade. Por exemplo, na Espanha, o Castellano alçou seu prestígio  por ser a variação usada entre os reis que derrotaram os árabes, após quase um século de dominação inimiga, desprezando os dialetos locais.

Como não pode deixar de ser, no português brasileiro atual a ligação entre o exercício da língua e as relações sociais é de maneira muito mais estreita e ímpar, pois as variações regionais do sul e sudeste são mais valorizadas e privilegiadas, do que a variação regional nordestina, devido ao caráter hegemônico sobre a política e a economia, que com arrogância e presunção ridiculariza os de mais falares regionais do país.

Com efeito, as regiões mais isoladas geograficamente tendem a variar muito mais do que as mais próximas, sendo estas maiores favorecidas na configuração das normas-padrão. Além da variação estilística que como marca pessoal demarca a liberdade de uso e monitoramento da fala consoante a um contexto sociocultural do falante. O mesmo efeito ocorre com os eventos de letramento que também corroboram para uma realidade mais heterogenia e multifacetada da língua.

Mas que raios têm haver com os textos que acabamos de ler!? Tudo!

É bastante comum ouvir em todos os lugares a afirmação de que o inglês é a língua mais falada no mundo. Observe que há mais de 4000 idiomas, mas um grupo de apenas dez é falado- como primeira ou segunda língua – por mais da metade da população mundial (em milhões de pessoas).

 

Chinês
1052
Inglês
508
Hindi
487
Espanhol
417
Russo
277
Árabe
246
Bengali
211
Português
191
Indonésio
177
Alemão
128

Fonte: Sidney Culbert/ University of Washington, Seattle.

Observa-se, pois, que a língua nada mais é que um espelho das relações políticas o que talvez seja um dos motivos da supervalorização do inglês americano nos dias de hoje, devido a ascensão capitalista do imperialismo norte-americano.

Se a linguagem humana também pode ser considerada uma livre expressão do pensamento marcada por escolhas ocasionais de uso pessoal, a fala é o reflexo do processo e de seleção e hierarquização social. E devido ao surpreendente avanço tecnológico e científico, só se pode conceber o aluno dominante e/ou mais próximo do seu contexto identitário, o que resulta num processo de aprendizagem real e compreensão do seu próprio tempo, a fim de valorizar a singular pluralidade cultural de nossos alunos.

Próxima postagem trago novidades sobre como integrar as quatro habilidade no processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa que são:

• Ensino de Oralidade......................................................................(Speaking)

• Ensino de Compreensão Auditiva..................................................(Listening)    

• Ensino de Leitura........................................................................... (Reading)

• Ensino de Produção de Texto........................................................ (Writing)       

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